terça-feira, 5 de maio de 2009

ROSA MÍSTICA

Hour of love
Byron. Parisina
Do pôr-do-Sol àquela luz sagrada,
Eu perdia-me... ó hora doce e breve!...
Meu peito junto ao seu colo de neve,
- Numa contemplação vaga e elevada
Nossas almas s'erguiam, como deve
Erguer-se uma alma à Luz afortunada.
Do mar se ouvia a grande voz chorada.
- Palpitavam as pombas no ar leve.
Eu então perguntei-lhe, baixo e brando:
Em que mundos de luz é que caminhas?
Que torre está tua alma arquitectando?...
- Ela, travando as suas mãos das minhas,
Me disse, ingénua, então: - Estou cismando
No que dirão, no ar, as andorinhas.
Gomes Leal in Claridades do Sul
Assírio & Alvim

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