terça-feira, 29 de janeiro de 2013
A COR DO AMOR
A cor do meu amor
É difícil de encontrar
Tão lenta
É a ternura que gasto
No ato sublime
De beber-te
A cor do meu amor
Deixa marcas no teu corpo
Vestígios frescos de mim
E a imperiosa vontade
De saber-te
Saciada
De dedos
Sexo
Segredos
Quanto aos beijos
Mordem-se
Ao compasso dos desejos
Doce
Como pitangas
A rebentar de sumo
EDGARDO XAVIER, in AMOR DESPENTEADO (Casa das Cenas, 2007)
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