sexta-feira, 23 de novembro de 2012

UMA CARTA AO CAIR DA TARDE

Meu amor,

O oceano não precisa das suas lágrimas para ficar mais salgado.

Nem os céus nem as estrelas ficarão mais luminosos

do que o brilho dos teus olhos.

Mas a minha vida ficará mais deserta

sem o aconchego dos teus abraços

e o suspiro melancólico da tua voz em meus ouvidos.

Portanto, não se esqueça de que

o oceano sempre toca o céu no infinito das paixões,

assim como eu infinitamente enlaço o corpo da tua alma

despudoradamente através do erotismo que brota ávido

no corpo das minhas palavras.

CARLOS EDUARDO LEAL, 
in A SEDE DA MULHER (E DE UM HOMEM), 
(editado no Brasil, s/ data)